Postagens populares

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

LUGAR DE LIXO É NO LIXO

Como a grande maioria dos cidadãos recifenses eu utilizo o transporte público todos os dias para seguir a minha rotina de estudos, no entanto, uma cena deplorável eu presenciei hoje. Estava em pé como de costume, porque a superlotação não é um problema apenas da capital pernambucana, quando um rapaz de aproximadamente 29 anos colocou um saco de plástico de lanche que ele acabara de comer,entre os vidros da janela.
Fiquei indignada com a falta de educação desse cidadão. Pensei em fazer uma pergunta bem simples a essa criatura, mas, me contive e comecei a refletir sobre a situação. O ônibus é um meio de locomoção que todos os dias estamos precisando dos seus serviços tanto para trabalhar, estudar ou passear. Não importa qual a finalidade. Porque não levar esse lixo para a lixeira mais próxima? Ou colocar em sua bolsa para jogar em casa?São atitudes tão simples que minimizam o alagamento de ruas e entupimento de canais.
A conseqüência de um pequeno pedaço de papel pode não ser tão trágica quanto eu estou dizendo, mas, vocês já imaginaram se cada pessoa da capital pernambucana jogasse um pedaço de papel, ou plástico nas ruas todos os dias?Não precisa ser especialista no assunto para perceber o quanto a situação é calamitosa. Basta ligar a TV ou comprar jornal nos tempos de chuva que as manchetes serão as mesmas de todos os anos: “Família perde tudo”. São tantos os problemas causados pelo lixo jogado nas ruas. Catalogá-los não é o intuito desse texto, mas, chamar a atenção para a atitude de cada cidadão em relação ao lixo, por isso, respeite o meio ambiente e lugar de lixo é no lixo.

Cinthya Mattos

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MUSEU QUILOMBOLA NO SERTÃO DO MOXOTÓ

MUSEU QUILOMBOLA NO SERTÃO DO MOXOTÓ
Cultura regional se perpetua através da criatividade sertaneja

Preocupados em preservar as tradições de seus antepassados e deixar registrada a história de seu povo, a comunidade quilombola do sítio Buenos Aires, situada a 20 km do município de Custódia,cidade localizada a 340 km da capital pernambucana, resolveu montar um Museu com objetos que pertenceram aos fundadores e moradores daquele grupo étnico. A exposição contém itens pessoais de escravos que viveram na região por volta de 1840. Tem um pilão que servia para “pisar milho e café” até uma máquina de costura de 1845.
O Museu foi instalado em uma pequena casa de tijolos e telhas, com três quartos, uma sala e um pequeno corredor. As peças expostas estão em uma estante e duas mesas, doadas pelos moradores. Há objetos espalhados pelo chão do corredor. Pode parecer falta de cuidado, mas essa é uma característica dos seus antepassados que revela a organização da comunidade.
Fundado no ano de 2007 o Museu da Comunidade Quilombola conta com a participação de todos os moradores quilombolas que tem o intuito de reunir o maior número de acervo possível. Responsável pela manutenção desse patrimônio cultural, Maria Angelita de Rezende, 43, explica que ela não é a única a zelar pelos artefatos deixados pelos seus ancestrais africanos: “Todos na comunidade são responsáveis pela conservação e organização do Museu. Os objetos expostos contam a história desse lugar e divulga o trabalho de pessoas da região”, explica.
Remanescente de escravos, José Givanildo da Silva, 26, faz artesanato em barro e tem o seu trabalho exposto no museu da comunidade quilombola. A sua produção apresenta um estilo barroco. Ele aproveita no cenário sertanejo subsídios que o inspire no momento da criação, retratando uma diversidade de temas, desde elementos culturais da região (o carro de boi) até a religiosidade presente na comunidade (catolicismo). Algumas peças são pintadas usando cores fortes que vão do preto ao azul e vermelho vivo, outras dispensam o colorido criando um aspecto rústico. 
O sertão do Moxotó não possui tradição no artesanato em barro, mas quem vai a Custódia pode conhecer o trabalho de Givanildo da Silva que está localizado na zona rural da cidade. Para o artesão as suas peças são valorizadas. “O meu trabalho é reconhecido pelo pessoal da região. Algumas pessoas gostam e outras não do meu trabalho, mas isso faz parte da vida”, relata. 
Para a balconista Lúcia Rodrigues, 46, compradora das peças do artesão: “A região pouco valoriza o artesanato local e ter implantado um espaço para expor as esculturas de barro e peças antigas doada por remanescente de escravos foi uma boa idéia. Não é todo mundo que tem a sensibilidade de perceber a importância desse trabalho tanto para a comunidade quilombola quanto para as regiões circunvizinhas”, declara.

  

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

CUSTÓDIA PRECISA DE RENOVAÇÃO POLÍTICA

Comecei a analisar o cenário político da cidade de Custódia, localizada a 340 km da capital pernambucana. Confesso que fiquei preocupada com os possíveis candidatos a prefeito nas próximas eleições, cada qual, movido pelo interesse pessoal. Não vou citar nomes porque a minha intenção não é fazer propaganda para ninguém, apenas instigar os eleitores sertanejos a refletir sobre um tema tão sério que é a política.
O fato de haver uma necessidade urgente de renovação no quadro político da pequena cidade do sertão, não justifica colocar qualquer um para concorrer a um cargo público tão importante. Precisamos entender que a nossa cidadania só pode ser exercida quando escolhemos os nossos candidatos com maturidade e responsabilidade. Caso o trabalho que está sendo realizado não esteja atendendo a necessidade da população, cabe a cada um de nós eleitores por meio do voto eleger pessoas que trabalhem para a coletividade e não para interesses próprios.
A política do coronelismo ainda insiste em permanecer no cenário político atual, principalmente nas cidades sertanejas do interior pernambucano, mas, eu ainda acredito na capacidade do eleitor de selecionar os candidatos pelos seus projetos e planos de governo. Algumas pessoas não manifestam a sua opinião por medo ou porque ocupam um cargo público e não querem ser perseguidos. É preciso mudança desses valores arcaicos.Agora,já.
Convido a todos os eleitores custodienses a juntarmos força por uma luta igualitária e democrática na escolha dos próximos candidatos a prefeito e vereadores da nossa cidade. Intelectuais, estudantes e eleitores conscientes é hora de renovação. Vamos unir forças para uma política diferente e com debate de idéias e não de discussões e brigas pessoais.

                                                                                                                             Cinthya Mattos