Hoje senti saudades dos amigos e resolvi ligar para uma pessoa que não vejo há muito tempo. Depois de um longo período de conversa ao telefone ela fez o infeliz comentário: “AMIGA QUE DIFERENÇA TEM O DIPLOMA NA SUA VIDA AGORA? VOCÊ ESTÁ IGUAL A MIM, CUIDANDO DE CRIANÇA”. Ela se referiu de forma sarcástica ao meu estado profissional: desempregada. Sou formada em jornalismo, mas, não tive como exercer a profissão devido ao nascimento do meu primeiro filho. Exclusividade absoluta a ele.
A princípio eu pensei em argumentar a afirmação da criatura, mas, ao refletir melhor constatei que ela não entenderia a minha colocação sobre o assunto, que tanto a interessa, que é a minha vida. Meu Deus isso é um absurdo.
Fiquei triste e decepcionada, mas, o meu sentimento maior é de aflição porque essa criatura não entende a importância de um curso Superior na vida do indivíduo. Percebam meus amigos leitores, eu ganhei conhecimento na instituição de ensino Superior, na qual, estudei quatro anos, conheci novas pessoas, ampliei meu leque de boas amizades, participei de vários seminários. Tive o prazer de estudar com professores de alto gabarito, como Valdonilson, Tenaflae e Marconi Aurélio e tantos outros.
Hoje não trabalho no jornalismo diretamente como eu sempre almejei por x fatores, no entanto, cumpro sempre que possível o meu papel social. Isso não quer dizer que estou na inércia total, pelo contrário, estou buscando estabilidade profissional e me preparando para concursos públicos. Amo o jornalismo de paixão, mas, o salário não é um atrativo.
Eu não desisto dos meus sonhos e principalmente estou bem mais seletiva em relação ao meu rol de amigos. Eu quero amizades que me acrescentam algo, me faça rir depois de um dia cansativo, que escute os meus estresses. Afinal, amigo é para todas as horas.
Em relação a ter um filho à responsabilidade sem dúvida é muito maior, mas, isso não é desculpa para cessar projetos, apenas esperar o melhor momento para concretizá-los. Estou sempre em busca do saber, fazendo cursos e me dedicando naquilo que acredito. Tenho sede de conhecimento e essa busca é continua e infinita.
Cinthya Mattos