Custódia, sertão do Moxotó, lugar de gente trabalhadora, pedaço de terra onde nasci e tenho recordações felizes. Tenho orgulho de ter raízes sertanejas, povo de coragem e de fé. Atualmente moro na capital pernambucana, fui trazida pelas oportunidades de emprego e estudo. Todavia, não esqueço a minha terra querida.
O cheiro da terra e o calor das pessoas da pequena Custódia estão arraigados na minha alma como tatuagem. A casa dos amigos nas tardes de domingo, o almoço na casa da avó, e depois das reuniões um sorvete na praça. Todo bom “matuto” tem uma praça, lugar onde tudo acontece: as crianças brincam descalças de corre-corre, os adolescentes apaixonados fazem juras de amor e os mais velhos contam saudosos histórias de um passado afortunado.
Quando sinto saudades do meu sertão pego a estrada sem demora, ligo o som do carro e com minha família seguimos viagem. Paramos poucas vezes durante a nossa rota, na ânsia de chegar logo, mas, o nosso cuscuz com carne assada é de praxe.
O meu sotaque é uma característica primordial para os recifenses perceberem que sou uma pessoa do interior. Ficam logo curiosos, e perguntam: Você é de onde? Não demoro a responder: do sertão do Moxotó. Tenho orgulho da minha origem, da minha gente, da minha terra.
O bom de estar na minha terrinha é que eu posso ser quem eu sou sem me preocupar com nada. Eu não ando com medo de ser assaltada, nem com o horário que vou chegar à casa de meus pais. Vou a um barzinho tomar a minha cerveja sossegada, sem estresse. Saudades do meu sertão.
Cinthya Mattos
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